Tuberculose Pulmonar

Nos concursos, a tuberculose é o segundo tema de infectologia mais cobrado. Geralmente, o examinador apresenta um caso clínico com quadro respiratório arrastado, com febre, estertores em algum lobo pulmonar e questiona sobre a propedêutica e o tratamento. Lembre-se que nesses casos é realizada baciloscopia de escarro com 3 amostras, se vier positiva inicia-se o tratamento. Caso a baciloscopia seja negativa, é necessária a realização de exame radiológica e cultura para bacilo álcool-ácido resistente. Veja uma questão exemplo:

Exemplo de Questão:

UNICAMP – Mulher, 48 anos, apresenta quadro de dor torácica ventilatório-dependente há 2 meses. Há 2 semanas, refere melhora da dor e falta de ar progressiva. RX de tórax: oopacidade homogênea à direita, compatível com derrame pleural. Realizada toraconcetese. Líquido pleural: proteína= 4,8 g/dL; glicose= 23 mg/dL; hemácias= 432/mm³; LDH= 1234 UI/L, ADA= 52 U/L. A hipótese diagnóstica é:

Portanto, você deve saber os principais aspectos cobrados nos concurso sobre a tuberculose. A TBC primária é aquela após com viragem sorológica recente (paciente se infectou há menos de 3 anos), geralmente é uma forma autolimitada, e os pacientes são acometidos na infância.  O quadro clínico é de uma criança que parece evoluir com pneumonia arrastada, febre baixa, com duração entre 14 e 21 dias, acompanhada de tosse seca. O quadro nos adultos é o mesmo da criança. A diferença de TBC na infância é a ausência de adenopatia hilar ou mediastinal e maior propensão à TBC pleural primária. O diagnóstico é feito pelo conjunto da clínica + RX de tórax + exame bacteriológico. Sobre o RX de tórax lembre-se que ocorre condensação nos lobos superiores na infância e nos lobos médio e inferiores no adulto. A baciloscopia deve ser solicitada em pacientes com tosse e expectoração há mais de 3 semanas, alterações sugestivas ou em infecção por HIV acompanhada de alteração pulmonar. Se positiva inicia-se o tratamento, e, se negativa solicita-se radiografia e cultura. A prova tuberculínica pode ser sugestiva do diagnóstico quando ≥ 5 mm em crianças não vacinas com BCG, crianças vacinadas há mais de 2 anos ou com qualquer condição imunodepressora. Em crianças vacinadas há menos de 2 anos, consideramos sugestivo PT ≥ 10mm.

O que você precisa estudar?

Para as provas, você deve saber que a tuberculose pós-primária -– multibacilífero – ocorre em pacientes que já tiveram contato com o bacilo. Trata-se da forma crônica. O pico de incidência está entre 15 a -40 anos, sendo a forma responsável pela transmissão da doença no adulto.  Os pacientes são oligossintomáticos.  A reativação pode ocorrer em dois locais: segmento posterior do lobo superior e segmento superior do lobo inferior. Na fase avançada, observaremos uma fibrose pulmonar com retração, cavidades fibrosadas e bronquiectasias.

Tema muito cobrado nos concursos é o tratamento. Então, você deve saber que o tratamento dos bacilíiferos é a atividade prioritária de controle da tuberculose para interromper a cadeia de transmissão. Para todos os casos de retratamento, será solicitada a cultura, identificação e teste de sensibilidade, iniciando-se o tratamento com o esquema básico, até o resultado desses.  O esquema básico para adultos e adolescentes é: RHZE (rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol) por 2 meses e RH por 4 meses. Para as crianças < 10 anos, recomendação é o tratamento com esquema RHZ, sem etambutol. Para os concursos, lembre-se que os medicamentos do esquema básico são seguros tanto na gestação quanto na amamentação, isto é sempre cobrado nas provas! Os critérios de falência do tratamento são: baciloscopia que voltou a positivar após o 4° mês e manteve-se positivo por 2 meses seguidos; baciloscopia positiva até o 4° mês; pacientes fortemente positivo ao fim do tratamento. A isoniazida é a droga utilizada para a quimioprofilaxia da TBC. Deve ser usada para os grupos de alto risco da doença, principalmente os coinfectados com HIV. Para os concursos, é importante entender o real benefício da vacina BCG: diminuição da incidência de formas graves de TBC em crianças < 4 anos.

 Agora, você já pode assistir à aula, ler o capítulo e fazer as questões de provas!

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