Placenta Prévia

A placenta prévia pode determinar sangramentos de segunda metade da gestação e está relacionada ao acretismo placentário, condição que pode ser grave. O Brasil é um país com alto índice de cesarianas, importante fator de risco para placenta prévia e acretismo. Para as provas de residência, você deve saber conceituar placenta prévia, distinguindo seus sinais e sintomas das outras causas e sangramento do segundo trimestre; conduta e via de parto; conceituar acretismo placentário e compreender as condutas em cada caso.

Exemplo de Questão:

UFRN – 2017 – Na gestação de multípara com 3 cesáreas anteriores, quando houver presença de placenta de inserção baixa localizada na parede anterior do útero, na região do segmento inferior, o obstetra deve preocupar-se com a maior possibilidade de ocorrer:

(…)

Para as provas, você deve saber que a placenta prévia é definida como a placenta que se implanta total ou parcialmente no segmento inferior do útero. Pode ser classificada de acordo com sua posição em relação ao orifício do colo: placenta baixa (está localizada próximo ao colo < 5 cm, sem atingi-lo); placenta prévia marginal (a margem placentária toca o orifício interno do colo, sem ultrapassá-lo); placenta prévia parcial (obstrução parcial do orifício do colo); placenta prévia total (obstrução total do orifício do colo). Praticamente, 70 a 80% das hemorragias na segunda metade da gestação são decorrentes de placenta prévia.

Lembre-se que pacientes com placenta prévia possuem risco aumentado de acretismo placentário e as duas patologias estão muito relacionadas à implantação anômala da placenta por cicatriz uterina anterior, ou seja, cesarianas prévias. O acretismo placentário é a infiltração placentária profunda no endométrio, podendo atingir miométrio e até a serosa uterina, com extensão pélvica, mais comum, bexiga. Os fatores de risco são: multiparidade, intervalo interpartal curto, idade materna avançada, curetagens ou miomectomias prévias, tabagismo, gemelaridade, cesarianas anteriores (principal fator de risco). O sangramento da placenta prévia caracteriza-se por ser indolor, no segundo e no terceiro trimestres: sangramentos vermelhos, vivos e rutilantes, intermitente, indolor e espontâneo, batimentos cardiofetais normais, tônus uterino normal. A ultrassonografia, preferencialmente, transvaginal é importante para o diagnóstico. 

O que você precisa estudar?

Para os concursos, saiba que entre 16 e 20 semanas é frequente o diagnóstico de placenta prévia e suas variantes, mas, com o crescimento uterino ocorre a migração superior e 90% dessas gestantes não apresentarão esse diagnóstico com 30 semanas. Assim, é importante a confirmação diagnóstica após essa idade gestacional para definição da conduta. As pacientes com placenta prévia e sangramento importante devem ter a gestação interrompida. Em placentas prévias marginais ou baixas é possível o parto vaginal com monitorização das condições maternas e fetais. As complicações são: parto pré-termo, acretismo placentário, hemorragia grave, anemia materna, amniorrexe prematura, crescimento intrauterino restrito.

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