Distúrbios Hipertensivos da Gravidez – DHEG

Distúrbios Hipertensivos da Gravidez (DHEG) é o tema mais cobrado de obstetrícia nos concursos! Para as provas, você deve conhecer a fisiopatologia da doença, identificar as formas clínicas, complicações e diagnóstico, conhecer as medicações utilizadas e o manejo no controle e prevenção das crises convulsivas.

Exemplo de Questão:

UFC – Gestante, 18 anos, G3P1A1, durante consulta pré-natal, apresentou PA 140 x 100 mmHh e proteinúria 24 horas de 250 mg/dL. Realizou USG que evidenciou gestação de 32 semanas sem anormalidades. Qual a classificação mais adequada para essa condição clínica?

(…)

Para as provas, você deve se lembrar que DHEG é um termo genérico que se refere à hipertensão que se desenvolve durante a segunda metade da gravidez decorrente das alterações ocorridas na invasão trofoblástica (ausência da 2ª onda trofoblástica -> isquemia placentária -> lesão endotelial -> espasmo arteriolar placentário e sistêmico -> aumento da permeabilidade vascular). Assim, DHEG englobam condições distintas que você dever ser capaz de identificar:

  • Pré-eclâmpsia: hipertensão e proteinúria que surgem após 20 semanas da gestação em gestante previamente normotensa;
  • Eclâmpsia: crises convulsivas tonicoclônicas generalizadas, seguidas ou não de coma, em uma paciente com pré-eclâmpsia. Pode aparecer antes, durante ou após o parto;
  • Hipertensão gestacional: em geral, hipertensão em geral leve que se desenvolve na parte final da gestação, sem a presença de proteinúria, e que retorna aos níveis basais < 12 semanas do puerpério;
  • Hipertensão agravada pela gravidez: hipertensão arterial crônica pré-existente que se agrava na gestação, caracteristicamente após 20 semanas, acompanhada do surgimento de proteinúria.
    • Sendo que hipertensão: PAS ≥ 140 ou PAD ≥90 em duas aferições espaçadas por > 4 horas; proteinúria: > 300 mg de proteína em urina de 24 horas ou proteína 1+ em teste de fita ou relação proteinúria/creatinúria > 0,3.

O que você precisa estudar?

Um tópico que costuma ser cobrado bastante nos concursos é: os fatores de risco da pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Os principais são nuliparidade, gestação múltipla, diabetes, doença renal crônica, obesidade, gestação molar, história prévia ou familiar de DHEG, > 35 anos ou adolescentes, trombofilias, longo intervalo interpartal, gestação de novo parceiro, doenças da tireoide. Os critérios de gravidade também são muito importantes. Eles consistem em: PA ≥ 160 x 110 mmHg; proteinúria ≥ 2 g/24 horas ou > 2+; oligúria; elevação da creatinina; complicações respiratórias (edema agudo de pulmão  e cianose); síndrome HELLP (hemólise, enzimas hepáticas elevadas e plaquetopenia); iminência de eclâmpsia (distúrbios cerebrais, distúrbios visuais, dor epigástrica, reflexos tendinosos profundos exaltados); complicações fetais (restrição do crescimento, oligoidramnio, alterações do doppler).

A grande maioria das questões sobre DHEG serão compostas por um enunciado de uma paciente com hipertensão arterial, acompanhada de proteinúria > 300 mg/24horas. Em seguida, o examinador fará a pergunta sobre a conduta terapêutica: em casos leves a conduta é expectante (bioquímica, UGG, doppler, cardiotocografia, perfil biofísico fetal, não utilizar anti-hipertensivos), em casos graves a conduta é ativa (avaliação materna e fetal, anti-hipertensivos como hidralazina (lembre-se que os inibidores da ECA e antagonistas dos receptores de angiotensina II são contraindicados na gestação), prevenção de convulsões com sulfato de magnésio (manter até 24 horas após o parto; monitorar frequência respiratória, reflexo patelas, débito urinário), antecipação do parto (lembrar de realizar corticoterapia para maturação pulmonar se IG entre 24 e 34 semanas). A via de parto é definida na dependência das condições maternas e fetais.

Pronto! Agora, você que é matriculado no curso já pode assistir à aula, ler o capítulo e fazer as questões de provas!

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