Crescimento e Desenvolvimento I

Para as provas de residência, é necessário saber: os fatores extrínsecos e intrínsecos que podem influenciar no crescimento da criança, como se comporta a velocidade de crescimento da criança em cada etapa de sua vida, como se avalia o crescimento (estatura, peso, perímetro cefálico) de uma criança e decorar a evolução aproximada de peso, estatura e perímetro cefálico até os dois anos.

Exemplo de Questão:

UFES – Assinale a alternativa correta a respeito do crescimento:

A) Durante o crescimento intrauterino o GH e a herança genética não têm muita influência. O mais importante nesta fase são os fatores extrínsecos

B) A deficiência de GH é a principal causa de baixa estatura de origem endócrina

C) A altura na idade adulta pode ser estimada preditivamente a partir da altura da criança ao nascimento e nos primeiros dois anos de vida

D) São fatores intrínsecos que afetam o crescimento: herança genética, fatores hormonais e a nutrição

(…)

Portanto, para o acerto das questões dos concursos, deve se ter conhecimento sobre os fatores que influenciam o crescimento.  Lembre-se que a principal causa de baixa estatura de origem endócrina é o hipotireoidismo. Existe uma boa correlação da altura ao nascimento e nos primeiros dois anos com a altura na idade adulta. Isto reflete, possivelmente, a grande influência que o ambiente exerce nessa fase do crescimento, minimizando a correlação com o potencial nesta fase. A nutrição é um fator extrínseco que afeta o crescimento, assim como o meio ambiente, a atividade física, afetividade, nível socioeconômico, violência doméstica, doenças crônicas, cardiopatias, entres outros. Logo, a resposta correta é letra “A”.

O que você precisa estudar?

Para as provas, saiba os seguintes tópicos: a correlação entre altura dos pais e da criança é maior dos 2 aos 3 anos e pode ser usada para predizer padrões para a altura das crianças. A primeira fase de crescimento rápido se estende da vida intrauterina até os dois anos. Nesta fase, o potencial genético e o hormônio do crescimento (GH) não tem grande importância, sendo os fatores externos, principalmente, a nutrição, determinantes. O crescimento linear após o nascimento é resultado da ação do GH e o IGF-1. Dos dois anos até a puberdade, existe uma fase de crescimento regular, relativamente homogêneo (2 a 3 kg/ano e 6 a 7cm/ano). Independente da causa desencadeante, o peso de nascimento inferior a 2.500 g (baixo peso) é o fator de risco mais comumente associado às mortes perinatais, e representa um dos principais indicadores de risco para o crescimento pós-natal, devendo ser investigado.

Informações Fundamentais:

  • Ao nascimento: a média de peso é de 3.400 g (existe perda de até 10% do peso nos primeiros 10 dias de vida e recuperação até 14 dias), a média de estatura é de 50 cm e a média do PC é de 35 cm.
  • Ganho de peso: 
    • 700 g/mês no 1º trimestre; 
    • 600 g/mês no 2º trimestre; 
    • 500 g/mês no 3º trimestre; 
    • 400 g/mês no 4º trimestre; 
    • 2 a 6 kg/ na fase pré-escolar; 
    • 3 a 3,5 kg/ano na fase escolar.
  • Estatura: 
    • 8 a 9 cm ao todo até os 3 meses; 
    • 6 a 7 cm no 2º trimestre (total de 15 cm no 1º semestre), 
    • 10 cm no 2º semestre, 
    • 10 cm no 2º ano, 
    • 10 cm no 3º ano;
    • A criança mede cerca de 1 metro aos quatro anos. 

Lembre-se de olhar e aprender a interpretar as curvas da OMS. Uma dica é: quando dizemos que a criança se encontra no percentil 15 para o peso, significa dizer que ela tem um peso superior a 15% das crianças do mesmo sexo e idade.

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